sexta-feira, 10 de julho de 2009

Ora, pombas!

Tenho pânico, pavor, fobia de… pombos! Essas criaturas nojentas que para mim sao ratos com asas parecem que estao se proliferando mais rápido que coelhos e baratas juntos! A cada andança na rua eu constato seu crescimento em ordem progressiva, e tais seres parecem que estao cada dia mais civilizados. Eles já nao se molestam tanto com a presença humana, com os passos rápidos dos pedestres, e estao cada vez mais agressivos. Lembro que quando eu era criança eu já era avessa a tal bicho com asas, e meu desagrado foi crescendo com o tempo, e a fobia chegou ao ápice quando, com 15 anos, meus queridos amigos do intercâmbio me colocaram, à força, em pleno centro da Piaza de San Marco, em Veneza. Chique nao? Nao, mil vezes nao, foi nojento! Pronto, a partir desde fatídico dia meu desespero piorou, claro, ao ponto de eu ter que atravessar a rua se visse um bando de criaturas reunidas atrás de comida em certo local. Com o tempo, consegui controlar o drama, mas como esses seres “voantes” estao cada vez mais abusados ultimamente tenho levado muitos sustos com voos rasantes em plena cidade. Se você está caminhando eles nao se afastam mais, e sim nós é que temos que mudar nosso rumo. Andando de bicicleta entao, parece que estou em um videogame tamanho a quantidade de vezes que tenho que desviar dos animais! Me dá uma vontade louca de atropelá-los (porque é muito fácil. Já reparou no asfalto e viu quantos bichos dessa espécie estao lá estatelados no piche? Repare só, e a cada dia mais! Socorro!) mas se eu acertar algum deles acredito que vou me sujar toda. Eca, nao posso nem imaginar a cena!

Lembro de um outro episódio que marcou minha vida, para pior. Foi há uns cinco anos atrás, eu morava no 16º andar, e um belo dia acordo com um grunido de um pombo que resolveu pousar na caixa do ar-condicionado do meu quarto! Terror e pânico. Assustada, nao pensei duas vezes e peguei a primeira coisa que encontrei perto de mim, um chinelo que estava debaixo da cama, e ploft! lançei ao aparelho e a dita cuja fugiu. Alguns minutos mais tarde, de novo o barullo. Gritei como uma criançinha chamando o papai e em alguns dias resolvemos o problema fechando o vao onde a bichinha cismou de fazer um ninho ou sei lá porque resolveu se instalar aí. Nao preciso nem dizer que até isso ser resolvido fiquei paranóica achando que piolhos de pombos ou outros tipos de doença pudessem entrar pelo ar e eu ficar doente! Nada aconteceu, graças a Deus, e aqui sigo com muita saúde, mas confesso que sempre tive medo de pegar alguna alergia, doença de pele ou coisa parecida.

Bom, toda esta história só para dizer que, além de transmitir doenças e emporcalhar a cidade, as areias das praias (sim, estou desempregada e vou à praia em pleno inverno pois a temperatura no Rio de Janeiro está uma delícia) estao cada vez mais poluídas com as fezes que esses bichos deixam na areia. Nao adianta nada multar e proibir que donos de cachorros nao possam levar à praia seus animais se os pombos dominam a cena e sujam muito mais. Pressuponho que um cachorro seja mais limpo que um pombo, pois, afinal de contas, é cuidado pelo dono, toma banho e, caso defeque na praia, é possível catar a “caca” no instante. Já os pombos, impossível. Ficam ali o dia todo bicando atrás de comida… Há alguns dias venho com medo de ficar com os pés para fora da canga. Quando me estico meus dedinhos começam a coçar, e estou pensando em comprar aquelas cangas gigantes só para nao precisar mais ter contato com a areia 100% do tempo que estiver ali estirada ao sol. O que fazer para controlá-los? Restos de migalhas sempre existirao espalhados, mas é claro que se a populaçao fosse um pouquinho mais educada nao deixaria, literalmente, pedaços de comida jogados pela rua. Final de praia é uma nojeira só. Muitos sacos de biscoitos Globo, papel de sorvete, copos de mate, sabugos de milho, ou seja, um banquete para os pombos! Alô, alô, galera, vá à praia mas recolha o seu lixo!

Ah, e para completar, acho que uma campanha para impedir que tiozinhos joguem milho para os pássaros nas praças cairia bem… mas aí é claro que ia surgir algum membro da sociedade protetora dos animais ou coisa do tipo que ia sair em defesa...

Para mim a soluçao é chumbinho neles! Comida farta nas praças só contribui para reuni-los em maior bando, sujar mais a cidade e ainda ajudar ao seu desenvolvimento e consequentemente sua reproduçao! Sou totalmente a favor de qualquer tipo de droga que faça com que esses bichos peçonhentos fiquem estéreis. Além de todos os tipos de doenças e alergias que eles podem transmitir, emporcalham monumentos e fachadas, e a soluçao encontrada por alguns estabelecimentos é colocar telas e até mesmo espetos para que pombos “sujismundos” nao pousem mais em seus telhados. Na Europa essa tática é comumente usada. Basta reparar para ver que a Notre Dame mesmo tem lá uma tela que evita que pombos façam ninhos em suas reentrancias… é o homem se adaptando ao meio…

Bom, termino este post de indignaçao com uma foto que simboliza muito bem o mal que esse bicho traz para a sociedade. Foi tirada no Parc de la Ciutadella, em Barcelona. Reparem na cabeça da estátua (que agora nao tenho a menor idéia de quem seja, algum tipo importante), com um animal pousado, e fezes escorrendo pelo rosto de tal personalidade. Niguém merece ser homenageado, ganhar uma estátua em praça pública mas ser, literalmente, “cagado” na cabeça para a porteridade!

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