sábado, 18 de julho de 2009

High tech

Amo a praticidade do mundo moderno, e uma das coisas que mais me atrai sao os sistemas de "agendamento e lembretes". Nao durmo mais sem o despertador do meu celular ativado, que está programado para me acordar, de segunda a sexta, às 8h30. Nao vivo mais sem os post-its virtuais do meu computador que, na hora marcada, me avisam de determinado evento. Nao vivo mais sem o timer que fica na cozinha e me lembra das comidas que estao no forno. Nao vivo mais sem o agendamento deste próprio blog, pois, às vezes, estou inspirada e escrevo, de sopetao, vários posts e, desta forma, a página fica sempre atualizada, simples assim!

Mas toda maravilha moderna está suscetível a falhas, seja humana ou elétrica... em um sábado, por exemplo, eu tinha que acordar às 8h30, e pensei que o meu celular tocaria, mas esqueci que justo no final de semana ele nao está ativado! Erro meu! O aviso de um importante evento também nao foi lembrado porque eu nao estava na frente do computador na hora programada, e de nada adiantou o lembrete piscando na tela.. foi em vao... eu nao estava lá para conferir... outra vez erro meu!

O café nao ficou pronto na manha de uma quinta-feira pois faltou luz durante a madrugada e, sem energia, nao há aparelho elétrico que funcione... o lanche de domingo chegou à mesa frio... o restaurante, super-moderninho, que tem garçons anotando o seu pedido em um palm top, falhou no serviço pois a bateria do aparelho acabou e a minha sopa, que deveria chegar junto com os outros pratos da mesa, nao foi registrada... longa espera... depois de tantos percalços como este, parei para pensar em como nos deixamos levar pela era hight tech e como nos tornamos dependentes de trapizongas que antes nao existiam e a vida era até, digamos, mais serena, mais calma, sem o stress de tudoaomesmotempoagora.

Relaxamos, nos despreocupamos achando que aparelhos elétricos irao resolver a nossa vida, mas esquecemos que muitas vezes nos atrapalham, e que o bom e velho papel com caneta, este sim, nunca falha. Sempre à maos, pronto para sofrer qualquer alteraçao, digo, anotaçao de última hora... a nao ser que bata um vento... ou um copo de água caia por cima das letras e manche tudo... aí, foi-se o que era doce... resta nos fiar no que a nossa própria mente conseguiu registrar...

Foto tirada em viagem a Santander, na entrada do estacionamento do aeroporto, que até alguns dois anos atrás era apenas uma pista, mas hoje, com a modernidade, está repleta de aparatos tecnológicos para "facilitar" a vida. Participaram do "momento flash": eu, Isabel e Federico.

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