terça-feira, 29 de setembro de 2009

O ideal nao existe

Nao da tempo de fazer tudo. Simplesmente nao da. Ou eu escrevo, ou eu edito, ou eu gravo, ou eu corro, ou eu pego onda, ou eu jogo volei. Ou eu compro um livro ou eu compro uma roupa. Ou eu junto ou eu gasto. Ou eu corto e passo o verao com ele curto ou eu deixo crescer e fica feio. Ou isto ou aquilo. Ou eu foco no projeto ou eu saio pra beber um chope. Ou eu socializo ou eu fico em casa. Ou eu vivo num dia de 24 horas ou eu sento e choro e imploro por mais umas 12 horinhas? Ai, nao da. Ok, prioridades, Carolina, prioridades, mas eu quero tudo agora. Preciso fazer tudo isso agora. Quero mar e o sertao, quero o campo e a cidade, quero agito e quero colo. Quero o principe e quero o malandro, quero a saladinha light e a batatinha gordurosa.
Mas por que nao veio com manual de instruçao, hein?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Berliner para todos

Hoje vamos de Alan Berliner, que para mim é um mestre, uma inspiraçao, um genio... ediçao é tudo na vida!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Festival de boas

Começou o Festival do Rio, que felicidade! E a cidade fervilha com exibiçoes infinitas de filmes que jamais chegariam por aqui, e mostras e temas que nao chamam a atençao do grande público têm seu espaço garantido durante quinze dias de evento, e isso é um prato cheio para querm gosta do escurinho do cinema.

Tive o prazer de ver Aconteceu em Woodstock, de Ang Lee, que consegue exatamente nos remeter ao clima da época, de paz e amor total, com uma pitada de alucinógenos. A trilha sonora nao é bem o foco, aliás, o palco nem é mostrado, os cantores nem aparecem, apenas sao citados em diálogos, e mesmo assim o filme é excelente.

Também assisti ao majestoso docu de Agnès Vardá, inédito no Brasil, Les Plages d`Agnès. Amei, saí da sala de cine completamente inebriada de ver como essa senhora consegue fazer maravilhas, ter ideias mirabolantes e fazer a coisa funcionar, a história se alinhava mesmo fazendo milhares de parênteses dentro do filme. Ela fala da relaçao dela com a fotografia, com o marido que amava e ama eternamente até hoje, Jacques Demy, a falta que ele faz, das aventuras e desventuras de amigos próximos, de arte, de cinema, enfim, a mulher é uma metralhadora de imagens de arquivo e ainda produz muitas outras atuais, aliás, belíssimas feitas nas praias francesas, que se encaixam pefeitamente no que a imaginaçao dela quiser, e fica bom!

Este documentário me pareceu um pouco de resumao de toda a carreira profissional dela, me pareceu um adeus, mas nao, queremos sempre mais dela, que completou 80 anos durante as filmagens. Vaya, também quero chegar a esta idade ainda cheia de gás, e de ideias cabíveis! Deixo um retrato da vovozona cineasta!

Ah, e outros que nada tem a ver com o festival mas os vi recentemente em dvd e que valem algumas horas do tempo de qualquer pessoa mais sensível é o P.S I Love You - mexeu bastante comigo, e ainda o Foi Apenas um Sonho. Que venham mais coisas bacan por aí!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ilustraçao



Ontem comi no Koni e recebi uma newsletter, ou melhor, um zine que agora eles estao produzindo. É, os caras estao bombando. Além de sushi e sahimi por várias partes do Brasil agora também escrevem! Adoro! Mas o que eu quero falar é que nessa publicaçao que eles estao distribuindo vem algumas dicas cool.

Uma delas era sobre uma ilustradora americana, que faz um trabalho bem bonito. Eu adoro conhecer coisa nova, saber o que as pessoas estao produzindo por aí, e a internet é parceiraça nesse lance! Entao fui lá no site da moça e gostei bastante do que vi. Deixo aqui algumas das obras, sao milhares, mas sempre nesse estilo, tons pastéis, e inspiradas em histórias de terror, infantis, além de outros trabalhos que faz por encomenda. Quem quiser conferir, o nome dela é Meg Hunt, e parece ser bem simpática também pelas palavras e definiçoes que tem no site www.meghunt.com

O desenho dos porquinhos, nossa, que coincidência, achei bem atual com a nossa situaçao política medonha. Já o do barquinho, deixe sua imaginaçao te levar que um dia chegamos na ilha deserta só com aquilo que a gente gosta! Tenham um bom dia!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Por favor... pare! Agora!

Sempre me chamaram a atenção as placas de sinalização nas estradas brasileiras. Além de informar o óbvio necessário, como limite de velocidade (apesar de quase nunca respeitado), curva acentuada para direita, quebra-molas na pista, escola a tantos metros, e ainda perigo de animais na pista, o que me deixa estarrecida são as placas que não alertam, mas sim parecem que querem educar o motorista.

Fico boquiaberta quando vejo “Não jogue lixo pela janela do seu carro”; “Não danifique os sinais”, “Não construa às margens da rodovia”, e ainda a ótima “Obedeça à sinalização”! Pelo amor de Deus. Em que outro país do mundo é necessário colocar uma placa pedindo para que as pessoas obedeçam ao que já está escrito e supostamente é para ser levado à sério?

Em qualquer lugar, onde o povo tem educação, isto é default, no hace falta decir! Ok, todos sabemos que no Brasil sofremos alguns probleminhas de origens sociais, mas para mim, se está lá fincado na grama ou dependurado em um poste por uma entidade de trânsito, caramba, então é porque o negócio é sério! É ou não é?

Que fixem-se/proliferem-se mais daquelas plaquinhas caseiras, escritas em pedaços de pau, onde lemos “Vende-se mel”, “Panelas de barro a 10 REAL” e “Vende-se sacolé”! Essas nós sabemos que foram fincadas pelos senhorzinhos que vivem na beira da estrada e que querem levar um trocado com algumas delícias que eles mesmo produzem e, convenhamos, precisam ser avisadas, e ainda dão um charme à viagem e brindam aos motoristas com lembranças da viagem.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dia mundial sem carro


Hoje é comemorado o Dia Mundial sem carro, um movimento que começou em algumas cidades da Europa na década de 90 e desde então vem se espalhando pelo mundo. A cada edição mais países participam nos cinco continentes.

Hoje é o dia de pararmos para pensar se não vale a pena dar aquela andada até a padaria ao invés de tirar o carro da garagem e emitir alguns CO2 a menos, ou ainda dar aquela carona solidária para pessoas que vão para o mesmo lugar, e até mesmo pensar em comprar uma bicicleta, skate ou patins para nos locomovermos de um ponto a outro da cidade relativamente pertos e viáveis: as ciclovias estão aí para isso!

Eu sou a maior entusiasta desse movimento: carro só em momentos extremos (longas distâncias, à noite, viagens, e para quando necessitamos de um mínimo de conforto, claro); patins nos finais de semana quando o fluxo é menos intenso, para ir de um bairro ao outro, e ainda exercitar-se; bicicleta para ir ao supermercado, padaria, visitas próximas, consultas, cursos e afins; e skate para tirar onda no calçadão em dia de domingo... morro de inveja dos bonitões que conseguem realizar trajetos para o trabalho sob as quatro rodinhas... ainda não me sinto segura o suficiente para arriscar-me muito entre os carros. Fica aqui o pedido de um pouquinho mais de consciência para minimizarmos efeitos devastadores ao meio ambiente!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ô balancê, balancê


É, a vida é um balanço, e melhor ainda se você estiver em companhia, e com um cenário daqueles de fundo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sexta!


Descobri que o meu ursinho multicolor ganha vida às sextas-feiras e também pula de alegria contando os segundos para o fim de semana! Seria um alterego?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Trabalho sólido

“Trabalhe em um grupo sólido” dizia o anúncio...
Sei não, acho que prefiro enviar o meu currículo para empresas que se entitulam grupo líquido, aí de repente eu poderia nadar em mares nunca d`antes navegados; ou ainda empresas de grupo gasoso: já imagino todos os funcionários doidões de tanta coisa que pode rolar no ar de lá...
Ai, esse mundo corporativo a cada dia me dá mais motivos de riso...

Enquanto isso vou escrevendo o meu currículo na camada sólida do Lago Ercina congelado para enviar para empresas sérias.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

À prova d`água


Dia feio. Chove. Detesto guarda-chuva. Passei um rímel à prova d`água e saí por aí. Beijo, bom dia para você também.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Imagens irreversíveis

Tirando as cenas de fortíssimo impacto de estupro e de assassinato, Irreversível é irretocável. O que mais amei é a ediçao. Camera na mao, imagens confusas no início, escuro, música casando perfeitamente com as cenas. A beleza irritante de Monica Bellucci é um caso à parte e com certeza contribui para ser um filmaço, uma poesia, diria eu. Em vários momentos do filme a câmera fica no teto, sobrevoa, e eu adoro isso. Mas a cena mais linda de todos os tempos para mim acontece nos minutos finalíssimos: um parque, grama verde, crianças correndo, um aspersor de água, alguns elementos coloridos, e a câmera girando, rodopiando, num cessar sem fim, e a mulher deitada, pensativa. Em seguida, um clarao piscando esfuziante. Para mim, um final sensacional. Tive a sorte de achar no bom e velho You Tube exatamente esse momento final, que é o que me interessa nesse post.

É ou nao é bacan?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Found Footage

Após uma semana falando de frivolidades, volto ao tema dos vídeos. Agora estou no mundo do "found footage". Me explico: sao mais ou menos como colagens audiovisuais. O sujeito quer falar sobre um tema e, para isso, "rouba" imagens já realizadas por outras pessoas e faz uma ediçao personalizada.

A trilha sonora escolhida dá o tom, e as imagens colocadas em sequência parecem que falam umas com as outras, contam uma outra história. Certa vez na faculdade uma profesora propôs esse exercício, e foi uma das coisas que mais gostei de fazer. Ela pegou um filme e fez diversos corteS, colocou no computador de cada um e disse para cada aluno montar o seu. As histórias que saíram foram engraçadíssimas, cada um fez de um jeito. Teve um que colocou a protagonista como a grande vila, outro que a colocou como a salvadora, ou ainda a grande amante, enfim, foi interessante ver o que a criatividade pode fazer.

Agora volto a me interessar pelo assunto e estou matutando a ideia... em breve acho que pode sair algo sobre o Rio antigo, vamos ver... na verdade preciso de tempo. Editar é ter tempo!

Vale a pena ver esse abaixo:

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

carpe diem

Recebi um email com os super-heróis da nossa infância já decadentes e morri de rir. Na verdade acho que fiquei até feliz, afinal, a idade chega para todos. Amanha faço 28 anos e meio e ainda me sinto com 20. Ok, 25, vai. A vida é curta. Quebre regras, perdoe rapidamente, beije lentamente, ame de verdade, ria descontrolavelmente, e nunca pare de sorrir, por mais estranho que seja o motivo. E lembre-se: não há prazer sem riscos. (Adorei esta parte, apesar de ser super "cagona" para algumas coisas...). A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui, temos que comemorar! Aprecie sem moderaçao, enjoy life, viva la vida loca, carpe diem. Namastê para todos e que venha sexyta-feira e um final de semana de bons momentos.

*ah, sim... para quem nao reconheceu a moça da foto, quem diria, é a tal da famosa dona Barbie...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mi amiga, nuestra amiga


Mafalda virou gente! A menina questionadora criada por Quino, ilustrador argentino, ganhou forma e está sentadinha admirando o mundo em Santelmo, em Buenos Aires... mais um motivo para eu ter que ir correndo visitar aquelas bandas...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Coisas da religiao

Caminhando pelas desérticas ruas da Barra, consigo ouvir uma pérola de frase saindo da boca de um rapaz:

- Não, cara, nada disso, ele não é muçulmano não, ele é índio, veio da Índia!

Socorroooooooo! O jeito é rezar para que a novela acabe logo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

in-de-pen-den-te

segunda-feira é feriado, dia da independência do brasil.

e lá vou eu curtir a minha independência bem longe daqui!

independência ou morte! e eu prefiro "viver, e nao ter a vergonha de ser feliz..."

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

question mark


Sabem aquelas perguntas que em qualquer revista ou cadastro têm sobre o seu prato preferido, filme que você ama, livro de cabeçeira, peça que te marcou, perfume que usa, enfim, aquelas perguntinhas que todo mundo tem a resposta na ponta da língua? Pois eu não sei, não tenho nada preferido, não tenho nenhum nome na cabeça.

Gosto de mil coisas, não tenho preferências. Não como um só prato, não repito filme (aliás, sou capaz de sair do cinema e não lembrar mais o nome do filme – nomes de atores então, impossível!). Sempre achei que tinha problemas, e sempre cogitei em tomar algumas “pílulas da lembrança”, mas nunca levei a fundo e à sério o assunto e deixava pra lá... e aqui estou, sem nunca ter respondido à esta questão, sem nenhum problema... mas o dia que me perguntarem, ai, vou pedir um longo prazo para poder sentar e pensar com calma, relembrando de tudo que já me deu prazer nesta vida... deve ser isso! nunca tenho apenas uma resposta porque gosto de muitas coisas, e aí é impossível enumerá-las de uma vez só....

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

é uma mania, ué!

Tenho uma mania: vou andando na rua observando as pessoas caminhando, passeando de carro, correndo com o cachorro, indo apressadas para algum lugar, e fico imaginando como elas são. Quantos anos têm, o que fazem da vida, se são casadas, quanto ganham, do que gostam de fazer, se são felizes, se são preguiçosas, se ficam bêbadas... Acho que tenho essa mania porque sou curiosa demais, quero saber como as pessoas vivem e, naturalmente, comparo tudo com a minha própria vida. Às vezes é saudável, às vezes é frustrante, mas no fundo eu sei que se fico parada contemplando a vida, acabo não fazendo nada, e me torno uma própria observadora. O jeito é agir, e provavelmente existem pessoas com essa mesma mania que a minha, que me observam, que querem saber detalhes sobre a minha vida, mas como não sabem, desconfiam, criam, inventam uma história, fazem deduções. O porteiro do meu prédio é um exemplo disso, mas como ele não tem papas na língua, vai direto ao ponto, devagarzinho, mas vai.

- Dona Carol, a senhora tá de férias, é? (Não, tô fazendo um trabalho freelancer em casa mesmo, e por isso meus horários são irregulares, por isso eu saio e volto de casa a qualquer hora)

- Dona Carol, a senhora hoje correu na praia? - visto que cheguei com os pés sujos de areia e exausta. (Não, não foi nada disso. Fui pra minha aula de vôlei)

- Dona Carol é surfista, é? (Não, só tiro onda, fico míseros 3 segundos de pé em cima da prancha!)

-Dona Carol viajou pra fora do país? (Nao, nao, fui ali pra Sao Paulo mesmo... foi bastante tempo, mas infelizmente nao foi de aviao, e foi nacional mesmo...)

- Dona Carol isso, Dona Carol aquilo... natural, é a curiosidade aflorada de alguém que só sabe o meu nome e onde moro, não sabe nenhum detalhe íntimo da minha vida, só apenas desconfia... e é delicioso criar histórias... mas que não se perca muito tempo com isso pois temos que ser fazedores de nossas próprias histórias reais! Mãos à obra.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sutilmente

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti


Sutilmente, de Samuel Rosa e Nando Reis.